- Marlon Brando Jr. nasceu em 1924 em Omaha, Nebraska, e faleceu em 2004 vítima de insuficiência respiratória.
- Seu pai era especialista em pesticidas e fotógrafo amador. Sua mãe, bastante moderna para a época, tinha sido atriz e era administradora de teatro, tendo ajudado o jovem Henry Fonda a começar a carreira. Infelizmente, a senhora Brando também era alcoólatra.
- Reza a lenda que Marlon começou a atuar imitando os vizinhos e os bichos da fazenda para chamar a atenção da mãe quando ela bebia demais.
- Brando tinha duas irmãs mais velhas: Jocelyn e Frances. Jocelyn foi a primeira a seguir carreira artística, e Marlon seguiu as duas meninas quando elas foram para Nova York.
- Ele foi dispensado do serviço na Segunda Guerra Mundial por ter uma lesão no joelho e da Guerra da Coreia por fazer amizade com um psiquiatra enquanto se preparava para seu primeiro filme, “Espíritos Indômitos / The Men” (1950).
- Um dos mais conhecidos frutos do Actor’s Studio, Brando odiava a maneira como Lee Strasberg queria ganhar crédito por ter moldado seu talento. Mesmo assim, gostava das aulas de Stella Adler.
Teste para o cinema em 1947
- Seu maior sucesso na Broadway foi “Uma rua chamada pecado / A streetcar named desire”, produzida em 1947 e dirigida por Elia Kazan, o mesmo diretor do filme, que consagraria Brando em 1951. O ator foi pessoalmente à casa de Tennessee Williams para conseguir o papel. Mesmo assim, Brando nunca ficou feliz com sua própria performance, pois não conseguiu trazer humor a Stanley Kowalski.
- Brando foi o único do elenco de “Uma rua chamada pecado” a não ganhar o Oscar. Ele tinha um forte concorrente, Humphrey Bogart em “Um aventura na África / The African Queen”. Dois anos depois, Brando derrotou Bogart e levou o Oscar por “Sindicato de Ladrões / On the Waterfront” (1954).
- Em 1967, Brando aceitou o prêmio de Melhor Atriz dos Críticos de Cinema de Nova York em nome da amiga Elizabeth Taylor, que estava na África a trabalho e não foi à cerimônia. Brando viajou ao encontro de Liz para entregar a estatueta pessoalmente.
- Seu segundo Oscar veio com “O Poderoso Chefão / The Godfather” (1972). Na histórica ocasião, ele enviou uma atriz mexicana vestida de índia para fazer um discurso sobre a maneira como os índios eram retratados no cinema e na televisão.
- Além da questão dos índios, Brando se envolveu na luta por igualdade de Martin Luther King e chegou a apoiar financeiramente os Panteras Negras antes da radicalização do grupo. Alguns de seus filmes mostram sua militância, como “Sayonara” (1957), que trata do casamento inter-racial.
- Brando casou-se com três atrizes: a indiana Anna Kashfi, a descendente de mexicanos Movita Castaneda e a taitiana Tarita Teriipia. Curiosamente, Movita e Tarita participaram de “O Grande Motim / Mutiny on the Bounty”. Movita esteve na versão de 1935 e Tarita, na de 1962, contracenando com Brando.
- Em sua autobiografia “Songs my mother taught me”, publicada em 1994, Brando não comenta sbre seus casamentos, mas diz que teve um caso com Marilyn Monroe que durou vários anos.
Telegrama de Brando para Marilyn |
- Brando teve doze filhos: um com a primeira esposa, dois com a segunda, dois com a terceira, três com a empregada Maria Christina Ruiz e mais quatro de mães não identificadas publicamente. Ele adotou os dois filhos do segundo casamento de Tarita e o filho de um amigo.
- O depoimento de Brando no julgamento de seu filho Christian, que matou o namorado da meio-irmã Cheyenne em 1990, foi bastante polêmico porque muitos afirmaram que ele estava atuando em frente ao júri. Cheyenne suicidou-se cinco anos depois e Christian foi culpado, falecendo em 2008.
- Embora fosse considerado difícil de trabalhar e às vezes um verdadeira pesadelo para alguns diretores, Brando não enveredou pela direção. O único filme que dirigiu, produziu e protagonizou foi “A Face Oculta / One-Eyed Jacks” (1961). A oportunidade de dirigir o filme surgiu após uma briga com Stanley Kubrick, que se desligou do projeto.
- No final da carreira, ele se dedicou a algumas invenções. Há várias patentes de "maneiras de esticar o couro do tambor" em nome de Marlon Brando.
- Recusou papéis em “O vermelho e o negro / Le rouge et le noir” (1954), “Lawrence da Arábia” (1962), “Butch Cassidy / Butch Cassidy and the Sundance Kid” (1969), “Movidos pelo ódio / The Arrangement” (1969), “Magnólia” (1999) e “A lenda do cavaleiro sem cabeça / Sleepy Hollow” (1999). Também não aceitou reprisar os papéis de Vito Corleone e Jor-El (pelo qual recebeu 3 milhões de dólares) nas sequências dos filmes. Recusou-se a voltar aos palcos para interpretar Hamlet com Laurence Olivier em 1966 e só aceitaria o papel principal em “O Grande Gatsby / The Great Gatsby” (1974) por 4 milhões de dólares.
- Brando foi indicado ao Oscar oito vezes. Considerado um dos atores mais bonitos e talentosos do século passado, foi apontado como a quarta maior lenda do cinema pelo Instituto de Cinema Americano em 1999.
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